quarta-feira, fevereiro 11

Pais.

Ai meu Deus, esse é um assunto sobre o qual tem tanto pra se dizer, e sobre o qual tão pouco realmente é dito com a intenção de se transformar numa atitude..
Sabe, tem muito por trás dessa palavra, pais.
Por mais que a gente viva fantasiando (e muita gente nunca vai acordar dessa doideira) que pais são pessoas perfeitas, que nasceram adultas e cuja única função durante toda a existência na Terra limita-se exclusivamente a nos amar e viver para nós (cooom certeza, né!), não é isso que eles são, e pensar assim é uma grande injustiça, no meu ponto de vista.
Os pais viveram, assim como nós. Se perguntaram exatamente as mesmas coisas que a gente se pergunta todos os dias: Porque a minha vida é assim e não daquele jeito que é a do outro? O que eu to fazendo aqui, sofrendo? ou Pra onde eu to indo, o que eu vou ser quando eu final e subitamente crescer? Quem eu conheço agora vai fazer parte da minha medíocre existência até o seu fim? Ou tudo pode acabar antes que o amanhã comece?
E eu não sei da onde vem essa nossa mania esquisita de acreditar piamente que esses seres humanos acabaram, solucionaram, encontraram por si mesmos ou ao longo de suas vidas as respostas pra todas essas perguntas, de modo que eles sejam toda essa fortaleza que a gente pensa que um pai, e/ou uma mãe, tem a obrigação de ser. MAS NÃO É ASSIM.
Eles têm frustações, eles têm sonhos que eles não conseguiram realizar ainda, lugares que não conhecem ainda, pessoas que não amaram tanto quanto queriam, e outras que amaram demais. E talvez seja tempo da gente reconhecer que esses erros limitam a capacidade de crescimento interior dos pais, sim, deles mesmos, porque talvez eles tenham coisas sem solução que até hoje atormentem as cabezinhas (ainda inhas) deles, e impeça-os de nos ver em nossa totalidade, e de nos manter no caminho que eles sabem que é o certo, mas que suas vidas ainda não os ensinaram como por em prática.
Então, a gente, a geração da informação, os fodões, os que têm acesso a 500.000 vezes mais conhecimento do que essas pessoas generosas que pafam nossas escolas, que tal começar a usar um pouco disso tudo pra mandar de volta tooodo o benefício que eles ralam o bumbum diariamente pra nos oferecer sem cobranças (ou sem muuitas, geralmente)? Sabe, a gente pode sim ajudar nossos pais, não com dinheiro nem com 'eu te amo's caso eles não sejam sinceros e espontâneos, mas sim com verdadeiras atitudes de ajuda, que vêm da genuína preocupação da superação diária dos vícios e defeitos das almas dos pais. Isso é um pouquinho de cada vez, às vezes eles resistem, porque são dificuldades incrustadas profundamente neles desde muito antes da gente nascer. Mas é nossa responsabilidade terminar a criação deles, tanto quanto é a deles garantir a nossa; mas falar é fácil. QUE TAL TENTAR ?

Um comentário:

Anônimo disse...

nunca tinha pensando nisso ... voce escreve bem de mais meniina ! adoro ler (: