domingo, fevereiro 22

Mentiras

Agora que eu parei pra pensar, eu não consigo computar nem mesmo dimensionar mentalmente a quantidade de mentiras que são de praxe pra que se possa sutentar a ilusão de que existe uma maioria em algum aspecto, sentido ou lugar. Quer dizer, como assim maioria se toso mundo é tão surpreendentemente diferente do outro? Tô começando a entender porque eu acho que maioria é sinônimo óbvio de covardia. Só que eu não acho que seja de propósito, mas sim por comodidade ou por (melhor ainda :) não saber como não ser assim.
"Somos a geração ecologicamente correta." SOMOS NADA. Grande meerda de rótulo estúpido. Como todos os outros que já existiram e que eu sei que continuarão existindo para muitas pessoas, embora eu espere que tendam a diminuir e farei minha parte nesse sentido. Em um mundo de tanta diversidade, de tantos BIlhões de seres pensantes e distintos em todos os sentidos, num planetinha miserável onde nunca PISARAM duas pessoas iguais em toda a sua relativamente longa ou curta história de vida, não é no mínimo bastante precipitado pensar que toda um geraçõ pode ter a mentalidade simplesmente igual?
Seria errado considerar que existe no mínimo um pouco de arrogância dentro das pessoas que pensam que só porque uma certa quantidade de gente humana nasceu um pouquinho mais perto do 'apocalipse' do que outras, que TODAS essas devam estar super aí pra vida dos outros que ainda estão e pra dos que ainda virão? e pras suas próprias? porque só agora todo mundo tem que estar ligando?
E por que, por que só agora todo mundo finge que liga?
Nesse sentido eu creio que a história se repita bastante. Sempre existiram pessoas preocupadas, não só com o sentido das suas vidas mas também em dar um sentido grandioso para a vida alheia, pelo simples prazer de se fazer útil e de ver alguém (de preferência alguéns) feliz(es) sem esperar nada em troca; e essas pessoas tchutchuquíssimas sempre foram rodeadas por outras que não estão nem aí. Então sabe,
Eu acho que estar aí ou não dependendo da conveniência do momento em questão, estar aí ou não dependendo se for na sala de aula pra fazer uma moral com o professor, na hora de criticar alguém só pela delícia de ser contra, ou se for em casa na hora de jogar o lixo, ou na rua na hora de pegar um que você vê no chão, ou embaixo do viaduto na hora de doar um sorriso pra alguém que precisa (mas precisar não é igual a pedir esmolas?); en fim existem muitos outros exemplos de pessoas completamente ambíguas, e pra não ofender diretamente eu vou falar-escrever-, que eu acho isso tudo MUITA hipocrisia dentro de um ser humano sozinho. Talvez seja esse o motivo da cobertura da maioria. Ser tão hipócrita sozinho é meio complicado, então se juntam muuitos que preferem essa hipocrisia do que a admissão da dolorida verdade, e aí eles se sentem protegidos e felizes fingindo que se importam.
MAS QUE MUNDO É ESSE. Onde a gente tá que alguém precisa ser correto? O que é correto? Não tem correto, só tem diferente, pra mim pelo menos. E eu acho que já tá maaais do que na hora de muita gente legal por aí começar a admitir o que pensa e como se sente DE VERDADE a respeito do mundo, não como acha que deveria se sentir segundo o que é certo. O que é certo é ser você mesmo. E consequentemente, ser diferente, é uma relação muito óbvia. Eu espero mesmo que vejam que na verdade, não é feio não ligar. Não estar nem aí faz parte da diversidade que é essencial à beleza da vida. E não à falsa bondade que reside em se comportar ou FINGIR, FALAR uma coisa que não se é, só porque alguém ou alguéns igualmente ou então muito mais covarde(s), vem sugerindo que seja assim.

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