terça-feira, fevereiro 10

Heroísmo.

Bom, certa vez ainda nos tempos remotos do fotolog (OLHA A EVOLUÍDA FALANDO ehauehuahua eu me penso), eu escrevi uma coisa sobre heroísmo da qual depois eu me arrependi, porque eu percebi que a razão que me motivou a escrever aquilo sobre aquela pessoa era ume mentira que ela tinha contado. E aí eu me pergunto, que tipo de retardada fui eu? Porque era uma mentira por amor. Era a mentira mais difícil de se controlar e que vem de um desejo tão sincero, puro, e bom, que simplesmente não dá pra condenar quem conta esse tipo de mentira. Alguém que mente por amor, não é um desgraçado, traidor, nem nada do tipo. É apenas um desesperado.

Então, eu vou me corrigir aqui falando sobre heroísmo. Quer dizer, a gente idealiza muito que o tipo de herói certo é aquele que vai chegar um belo dia e salvar toda a humanidade, abdicando assim da própria vida e de tudo que conquistou (até mesmo o que não é material) para lutar por aquilo que a gente deveria mas se nega a admitir, e a chamar a responsabilidade pra nós mesmos. E heróis não são nada disso, como eu pude descobrir. Heróis mesmo são aqueles que conseguem acender a sua luz, proporcional ao seu tamanho, seja ela ofuscante ou ínfima, quando se encontram presos num quarto escuro (o mundo deve assistir Escritores da Liberdade). Essa luz, por mais menosprezada que possa ser pelo resto do mundo, vai salvar a sua vida, quando você consegue acendê-la. E isso pra mim é muito mais nobre a mais difícil do que ser superdotado e levantar um disco voadro e lançá-lo rumo ao horizonte.

Porque o heroísmo reside naqueles que conseguem evitar o seu fracasso. Naqueles que não desistem até que estejam completamente felizes, naqueles que aprendem e que conseguem transpor os obstáculos intransponíveis, que vão além dos limites e barreiras que o mundo quer inventar, mas que pra eles não passa de cerquinhas, fachadas, facilmente deixadas pra trás quando se tem em mente o objetivo por trás delas. E aí, quando conseguem, os heróis não páram, não se contentam, não se acomodam, começam a evitar o fracasso do outro. QUE OUTRO? TODOS os outros. O herói de verdade é quem consegue sobreviver aos conflitos e pequenas crucialidades do dia-a-dia, e sorrindo.

Nenhum comentário: