domingo, abril 26

Sonhos se tornam realidade?

Oi pedaços, quanto tempo.
Tava com saudades.
Mentira, to com medo de vocês, sabe. Quer dizer, é muito estranho o quanto vocês são numerosos e diferentes e parecidos ao mesmo tempo e eu não sei mesmo contar vocês, não sei organizar por ordem alfabética muito menos de importância, vocês são Kraós total dentro de mim.
Mas é estranho porque quando eu fico muito tempo sem por um de vocês aqui, ao invés de parecer que vai acumulando coisa pra dizer, parece que vai faltando, como se cada memória que eu tinha pra escrever prontinha e deixasse passar ficasse meio que presa, apesar de esquecida, cobrando que eu venha aqui e achate o bumbum um pouquinho e deixe que alguma outra coisa talvez até igual em alguns sentidos a substitua.
É muito estranho esse negócio de memória.
Novidades, bem, eu tenho sonhado muito ultimamente. Mais do que os normalmente sonhados sonhos acordada, eu tenho sonhado muitos sonhos dormindo. E é bom lembrar deles quando eu acordo, mas bom naquele esquisito e velho sentido meio assustador de tudo que a gente não entende mas não pode negar que existe.
Ah eu vou contar talvez eu leia daqui um tempo e descubra o que quis dizer. Obviamente eu não sei a ordem nem nada do tipo, aliás nesse momento eu sou contra sonhos terem ordem, a vida já tem ordem demais.
- Eu ia ter que fazer uma cirurgia. Até aí eu achava que era qualquer coisinha bem simples, até porque acho que eu não sabia que doença eu tinha, mas aí conforme foi chegando mais perto da data, um dia eu estava na casa da minha vó, com ela, no quarto dela. a gente tinha acabado de acordar mas a cama já estava cheia de roupas que ela sempre deixa amontoadas em cima da cama. Aí ela tinha uma seringa enorme na mão e me ensinou a aplicar no meio do pescoço, deitada, olhando pra cima, e falou que tinha que ser todo santo dia, as 10h00 e as 15h00, até chegar o dia da cirurgia. Nessa hora eu não quis aplicar. Medo.
- Eu em casa, falando com meu pai no telefone, e perguntei o que eu realmente tinha (minha doença) aí ele falou que eu tinha anemia facilforme (nãoseicomoseescreve, óbvio), e começou a chorar. Muito. Mas acho que eu nunca o vi chorando quando eu estava acordada, não. Vi sim, mas enfim. Voltando ao sonho, eu estava morrendo era isso, quer dizer é difícil alguém chegar na minha idade com isso e a cirurgia era estilo ultima esperança. 
- Eu na academia. Conforme ia passando o tempo eu ia ficando fraca, fraca, caía toda hora no chão, a academia era num andar muito alto e com a parede atrás do professor toda de vidro. Era muito pacífico, mas eu me sentia muito mal.
- Eu numa casa no alto do morro com a minha mãe. Passou uma borboleta. A gente sempre escalava um morro no alto da casa, minha mãe ia cheia de equipamentos de proteção e de escalada e eu ia sempre sem nada, só com as mãos mesmo. Me senti Anne Hathaway.
- Não sei onde, mas um dia eu criei coragem pra aplicar a injeção no pescoço. Não doía. Alívio.
- Voltando pra escalada, chegou um dia que eu fui na frente (até aí era minha mãe quem sempre ia na frente). Minha mãe continuava subindo atrás de mim, mas nesse dia todas ou quase todas as pedras em que eu me segurava iam caindo. Não eram pedronas, mas era chato continuar subindo sem elas. Me sentia meio fraca. A gente chegou lá no alto. Eu senti que ia ter um terremoto ou alguma coisa do tipo. Acho que minha mãe segurou meu tornozelo e a gente voou, a montanhazinha da escalada voou. Eu pensei na Itália. Quando a gente tava caindo, parecia que era por dentro de um prédio e que a gente ia quebrando os andares. Antes de nos machucarmos eu segurei um móvel tipo uma mesa do meu lado direito, a gente parou. Tranquilidade.
A cirurgia nem sei onde foi parar. Mas foi tão bom acordar. 
Sonhos se tornam realidade?

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