quinta-feira, julho 7

Matei um senhor

Acabo de assassinar um amor velho e cansado. Enfermo, taquicárdico, ofegante e imundo.
Na verdade o que ele sofria era um câncer.
Desliguei os aparelhos desse doente terminal, e sou capaz de dizer graças à Deus.

Não tenho culpa e nem remorso. Estou Livre.
Do que toda a alma precisa é essa singela impunidade.

Um comentário:

Heitor de Oliveira disse...

Que reviravolta ali no final em ? inesperado :) parabéns, continua assim, seu estilo é sublime !